terça-feira, 13 de dezembro de 2011

meu turbilhão

Nunca pensei que a vida fosse um turbilhão tão violento e tão assustador... nunca pensei que as voltas que damos fossem tão significantes ao ponto de destruírem vidas e sonhos...
Vivi um sonho, vivi momentos de pura paixão e amor sincero, mas também vivi momentos de dor profunda, dor arrasadora que me magoou e marcou para sempre como se de um ferro quente se tratasse... hoje, passados uns significativos 7 meses questiono se algo valeu a pena no meio de tudo o que se viveu, pergunto ate que ponto esta magoa me bloqueia e me impede de viver na plenitude, de realizar-me e de me sentir novamente eu, sem medos, sem inseguranças, com confiança e acima de com amor-próprio.
Deixei o passado no devido lugar dele, baixei armas e deixei partir aquilo que um dia chamei de amor... abri os braços para tentar viver, contudo o medo persegue-me e faz-me fazer e dizer coisas que realmente não sinto... Por vezes sinto-me a enlouquecer...
De repente encontrei algo que pensei corresponder a um tempo longínquo, mas que na realidade apenas era um fragmento de uma guerra... vi-me rapidamente a descobrir que o ódio pode esconder pessoas fantásticas e de um momento para o outro podemos deixar de odiar e passar a adorar o objecto antes odiado... Tentei controlar impulsos, descobri que o medo chega ao cumulo de me fazer recear novas paixões, mas hoje vejo-me na situação constrangedora de querer estar, de querer ficar, de querer mais do que é possível, mesmo sabendo que o que quer que seja que estou a sentir não é correspondido... e de novo volto ao turbilhão, um turbilhão de emoções e sentimentos que me assusta. digo barbaridades apenas e somente para camuflar o que realmente quero dizer e o que realmente estou a sentir... Tu, Tu meu ódio antigo que neste momento ganhaste um lugar de destaque na minha vida, tu que consomes os meus pensamentos e provocas a minha nostalgia quando não estas... tu, trouxeste contigo o medo mas ao mesmo tempo o risco de viver que me faz sentir viva... Sei que mais cedo ou mais tarde vais partir em me abandonar nesta derradeira aventura, vais seguir um caminho diferente do meu... por isso controlo-me, controlo o que sinto para não me magoar, para que não me possas magoar... Tu que trouxeste de novo o turbilhão para agitar o meu mundo interior... tu que és o verdadeiro turbilhão... dava tudo para entender os teus pensamentos, o que sentes ai dentro...
Mas o caminho certo, deduzo eu, é continuar a rodar, enquanto a força não desvanece, continuar a rodar neste turbilhão... no meu turbilhão...