segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Arriscar


Poderia começar mais uma vez a lamentar-me ou a dizer mal de tudo o que me acontece, no entanto, descobri agradavelmente que tudo nos pode acontecer, seja de bom ou mau, mas para isso é necessário arriscar...

Muitas são as vezes que pensamos que não temos sorte, mas na verdade o que acontece é que não lutamos, não arriscamos ou, se o fazemos, não o fazemos suficientemente ou com a devida convicção...

Na verdade não é mau arriscar, alias, só arriscando podemos alcançar os nossos sonhos, ainda que o caminho que tenhamos de percorrer seja demasiado sinuoso. não devemos baixar os braços, não devemos desistir só porque nos foi colocada uma barreira que aparentemente não conseguimos transpor... tudo na vida é possível, as barreiras são ultrapassáveis, as lutas são possíveis de ganhar, as feridas invisíveis e aparentemente incuráveis podem ser curadas...

Apenas temos de ter força e auto-confiança, apenas temos de ter vontade de vencer o jogo complexo e constante que é a vida... é possível ser o vencedor, nada do que fazemos é em vão...

Vejo pelo meu próprio exemplo que é necessário ter calma e ser perseverante, acreditar que nem tudo na nossa vida é mau e prejudicial, acreditar que é possível voltar a amar e ser amado...

Encontrei a minha felicidade, não posso garantir que é eterna mas, embora com algum medo inicial, arrisquei e redescobri o quão bom é o sentimento que me invade agora a alma.

Dei um passo em frente, não me preocupei em fazer planos ou em pensar no quanto magoada fui num passado remoto... preocupei-me apenas em viver cada momento, ver a luz que, primeiro ténue e fraca, depois forte e hoje ofuscante, me era mostrada ao fundo do túnel.

Entreguei-me, embora saiba os riscos que corro, atrevi-me a sonhar embora saiba que posso trair os meus sonhos.

Não posso definir um prazo para a minha felicidade, ate porque espero que seja ilimitado, não posso medir um sentimento impossível de medir mas posso viver cada momento, cada sensação, cada emoção, com o máximo que posso dar de mim... e apenas foi precisa a tal força, a tal vontade de lutar e procurar a felicidade, felicidade essa que estava mesmo ao pé de mim, simplesmente eu não a vi antes.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Medo de amar


Com o tempo aprendi que o Amor pode ser um jogo perigoso que ao mesmo tempo que nos trás felicidade e paz pode nos trazer dor e sofrimento em dobro…
Aprendi a ter medo de amar, medo de um dia ver a minha felicidade depender de outra pessoa e o meu sofrimento ser eminente a cada erro ou falha da mesma…
Tenho pavor a um dia acordar e pensar nele, em adormecer e sonhar com ele, passar a o dia a falar com ele e a noite perder-me nos braços dele… tenho medo que um dia exista um ELE.
Tenho medo de um dia acordar e dar conta que estou apaixonada pois sei que nesse dia me entregarei por completo a esse amor, darei mais de mim do que realmente tenho, sei que nesse dia irei colocar o meu coração nas mãos da pessoa amada, dando-lhe assim oportunidade de o partir em mil pedaços e espalha-los no mar, dando-lhe oportunidade de trocar os meus sorrisos por lágrimas de sangue que pela minha face escorrerão como um rio de lava que destrói tudo a sua passagem…
Curiosamente ao contrário do que se possa pensar, este medo é muito frequente… quem nunca sofreu por amor? Quem nunca decidiu fechar o seu coração?
Eu mesma tomei essa arriscada decisão, eu mesma decidi fechar o meu coração mesmo sabendo que o preço a pagar por isso é demasiado elevado…
O medo de amar é um medo contraditório, um medo que nos faz recuar e ao mesmo tempo avançar em direcção aos braços do objecto amado… ter medo de amar não é ter medo de sentir algo por alguém mas sim o não demonstrar o que se sente e ter medo de confessar o nosso amor, ter medo de arriscar viver esse amor na sua plenitude… ter medo de amar é de certa forma ter medo de viver os sentimentos, por mais bonitos que sejam e em trocar abrir as portas a uma solidão forçada…
Hoje assumo o meu medo de amar, um medo cobarde que faz com que negue todas as alegrias do amor, um medo demoníaco que faz com que rejeite a felicidade com medo que ela um dia acabe…
Não serei hipócrita ao ponto de dizer que não sinto falta de afecto, que não sinto falta de ter aquela pessoa ao meu lado para me amar e apoiar, acontece que a tal pessoa nunca se limitara a apenas isso, a tal pessoa também me magoara, também me desiludirá…
Não podemos pedir a alguém que seja perfeito e apenas nos complete, não podemos ignorar os sentimentos de outra pessoa… não podemos pedir a alguém que seja como nós a idealizamos…
Por todas essas impossibilidades e incompatibilidades acabamos magoados, mas nem sempre ganhamos medo do amor, muitos são os que ainda hoje, depois de muito sofrerem e desiludirem-se continuam a arriscar e a amar, muitos são os que ainda hoje acreditam no amor…
Eu desisti, talvez tenha sido cobarde ao sucumbir à dor de uma desilusão, mas o amor também é forte, e se um dia me bater a porta caber-lhe-á a ele mostrar-me que não devo ter medo…
Ate lá eu continuo com medo, com receio, com pavor ou lá o que lhe queiram chamar… ate lá eu terei MEDO DE AMAR!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

mais optimista, em paz... um pouco mais feliz!


Fiz 19 anos no dia 5 de Agosto e desde então não sei o porquê mas sinto-me diferente... é como se encarasse a vida de outra forma...

Estou em paz, acho que nunca tinha sentido nada parecido com isto... estou calma, sem preocupações fúteis nem ansiedades... Sinto-me com força... é como se dentro de mim nascesse um ser cheio de luz e força que me ilumina diariamente... esse ser é o meu lado que durante tanto e tanto tempo esteve adormecido... neste momento só quero viver e respirar o ar puro da manha, apreciar as coisas boas da vida, sem envolvimentos nem crises maiores... as vezes estar sozinha é o inicio de uma nova era, o inicio da era em que olhamos para nós próprios e aprendemos a amar-nos, a reconhecer as nossas falhas e perdoar-nos. não me preocupo com o dia de amanha, não me embebedo para me divertir nem me drogo para esquecer o que menos bom possa existir no meu mundo, essa época ficou la atrás...

sinto que posso ser feliz no presente, não sinto necessidade de procurar conforto nos braços de alguém, prazer na cama desse mesmo alguém, para ser feliz....

tenho defeitos e assumo-os, mas não é isso que me torna humana???

sinto que posso respirar livremente, fazer algo por mim, algo que me complete... tento deixar os medos de lado de modo a não sofrer em vão, a deixar as ansiedades para trás para não cair na tentação de me apressar nessa aventura que é a vida...

tenho sonhos, luto todos os dias um pouco mais para alcança-los...

aprendi a apreciar a frescura de uma imperial a beira mar a ver o por do sol, o calor de um dia de sol, o frio de um dia de inverno... aprendi a olhar as gaivotas no ar... não sinto necessidade de apressar as situações na minha vida, afinal ainda só tenho 19 anos e muito para aprender... amanha posso estar a chorar mas certamente no dia seguinte estarei a sorrir... vivo um dia de cada vez, olho para aquilo que antes não via... não tenho que ser como os outros querem.... sou como posso e devo ser...

sinto-me em paz, uma força que me ergue no ar e me faz levitar.... sinto-me feliz...

o mais curioso é que não precisei de um namorado ou de um melhor e exclusivo amigo para alcançar este estado. curiosamente não precisei de me drogar ou beber para me sentir em paz...

alcancei um estado do qual me orgulho, um estado fruto da minha aprendizagem e do gosto que aos poucos vou ganhando em viver.... hoje vivo e aprendo, aprendo e vivo, gradualmente, pacientemente... estou mais optimista... estou um pouco mais feliz... e talvez seja isto que marque a minha verdadeira mudança.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

(quase) 19 anos... quem sou?


fFaltam tão poucos dias para fazer 19 anos e sinto-me uma falhada... uma reles pessoa que não tem significado, que não sabe quem é, que não tem o mínimo interesse em nada de nada...

e triste chegar a determinada altura e ver que não temos nada... sei que provavelmente quem me lê, isto se alguém me lê, vai pensar: "és tão nova e já a pensar estas coisas... tens tanto tempo pela frente...". eu sei e dou-vos razão, sinceramente dou... mas a verdade e que deixei de ter gosto por tudo o que me rodeia... chego aos 19 anos sem nada... sem amigos, sem família, sem algo que me deixe verdadeiramente excitada, apaixonada, feliz... chego aos 19 anos e ao olhar para trás não vejo nada de verdadeiramente significante... não fui propriamente feliz na minha infância, não gosto propriamente da minha adolescência... não sei se algum dia serei quem sonho ser... não sei se realizarei algum dia os meus sonhos... talvez seja essa a minha cruz... talvez tu, sim tu Guilherme, tenhas razão, não passo de uma pessoa vulgar que só fica deprimida por pensar mil vezes por dia no que não deve... talvez devesse ser como tu mas por muita pena minha eu tenho imperfeições, eu não me julgo Deus e não consigo ser tão fútil ao ponto de pensar que é a marca de roupa, de langerie, do carro, o restaurante preferido ou o bar onde pára para beber um copo que define uma pessoa... sim eu acredito no que não vejo, aquilo que não sei se tu tens: sentimentos e qualidades/ defeitos.

talvez sejas tu que tenhas razão, mas e ai que residem as nossas diferenças... mas para que falar de ti???

hoje sou eu que interesso, hoje sou eu que me sinto uma merda, e sinto-o porque tu ainda estas na minha vida, porque não sei como continuar a viver assim, não sei se consigo continuar a viver sem saber quem realmente sou, sem me sentir importante e boa em alguma coisa...

perco-me nesta melancolia que não sei explicar, nunca fui propriamente boa a conhecer-me e traduzir por palavras o que sinto...

sempre fui a fraca que precisa do abraço forte de alguém, a atenção constante de alguém que realmente se preocupe, que precisa que lhe digam que esta tudo bem... sempre fui aquela pessoa que tem medo da solidão, medo de acabar sozinha...

e por tudo isto chego aos 19 anos daqui a uns dias e não sinto o mais pequeno animo nisso, não me orgulho de mim, não encontro um significado para a minha vida... por isso chego aos 19 anos e continuo a sentir-me merda... a não me conhecer, a ficar sozinha, a ser aquela que fica no canto bem escondida... perdi-me , despedi-me do mundo para viver neste mundo melancólico e escuro que e o meu...

sábado, 12 de julho de 2008

caminhar a beira mar


hoje decidi arrancar esta capa que me tem coberto o rosto, a mente, a vida... sei que não será fácil deixar para trás todo um passado e começar do zero, mas as vezes é necessário.

fui ate a praia... o tempo estava estranho mas não me importei, não ia com o intuito de apanhar banhos de sol mas sim de estar sozinha e reflectir... necessitava de colocar um ponto final na vida de loucura que tenho levado ultimamente, precisava de afastar os fantasmas que me perseguem e maltratam...

olhei o mar vezes sem conta, caminhei de um lado para o outro durante duas longas horas, pensei, sofri, sentei-me, levantei-me... decidi erguer-me não só ali mas também na minha vida, decidi não voltar a cair nas garras da fraqueza que me tem caracterizado... procurei o porque das minhas atitudes, procurei saber o que me magoava sem eu saber como se se tratasse de uma pequena pedra no sapato que não conseguimos detectar...

senti-me tão bem naquela praia... e como se o mar me renovasse a alma...

por momentos esqueci tudo... esqueci a ressaca que me acompanha, esqueci os motivos que me levaram a agir impensadamente, esqueci-me o porque de estar ali... olhei apenas o mar...

as minhas mãos estavam enterradas na areia, como se através delas eu enterrasse também as mas memorias e recordações, os maus momentos, as dores, os ódios... como se através delas eu enterrasse também o passado, me enterrasse a mim, a pessoa que fui em tempos, te enterrasse a ti, a nos!!! em simultâneo as minhas mãos tentavam simbolicamente descobrir um novo "eu", uma nova maneira de estar, de viver... e como se esta pele saísse e ficasse outra totalmente igual mas totalmente diferente...

e ali estava eu... sozinha no meio de uma imensa multidão, perdida na praia que tão bem conheço, longe de tudo. longe do mundo, longe de mim mesma...

ficou gravada esta tarde na minha memória, gravada como um começo e um fim, como uma morte e um nascimento simultâneo...

ficou o desejo de repetir, sentir o quão doce a solidão as vezes consegue ser quando não a encaramos como uma coisa ma mas sim como algo necessário de vez em quando para meter as ideias em ordem...

não me cansei de caminhar, não me cansei de sentir a areia nos meus pés, a agua a molhar-me as calças... não me cansei de respirar aquele ar salgado, não me cansei de olhar o azul do mar... nem o vento cortante me cansou e fez parar...

por vezes, quando sentimos necessidade de nos encontrarmos connosco mesmos, caminhar a beira mar pode ser uma terapia...

senti-me distante de mim mas perto do mar, senti a minha alma nua, a perder uma capa que fazia de mim aquilo que tenho sido... simultaneamente senti-me leve, tal anjo que paira nos céus ao cair da noite... foi um simples passeio a beira mar, um mero ponto de viragem, um mero momento... um momento para pensar...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

quando deixa de fazer sentido

Cansei-me de esperar... sempre soube que não eras um principe mas soube viver com os teus defeitos, ainda assim deixaste-me para trás e seguiste o teu rumo... para que? para que tanto engano? para que magoar alguém?depois de ti apenas ficou o escuro, o cheiro da ferida aberta no meu peito, as memorias absurdas do teu sorriso...desisti de lutar e passei a viver uma vida de ilusão, uma ilusão estúpida na qual ainda tinha esperança de te ter... depois, quando vi que isso só me deixava mais deprimida veio a vida sem sentido que vivo agora, as noitadas, os dias de "ir beber um copo" e beber 10, as noites de ir para a discoteca e sair de la aos "ss".deixei de saber o que e ser amada por alguém, baixei a minha auto-estima, deixei de ser meiga e passei a afastar todos os que queriam gostar de mim...hoje não vejo luz, porque a luz que havia tu levas-te para bem longe... hoje insisto em não querer mais nada para alem do sossego do meu quarto as escuras... e para que? para te ver com outras, a rir e a ser feliz a tua maneira fútil e egoísta...cansei-me de não ser mais importante para ti... e, aos poucos, começo a cansar-me de nada fazer sentido... hoje já não te critico, critico-me a mim... critico-me por ter acreditado nas falsas promessas, nas falsas declarações... hoje não vejo o sentido da nossa relação, hoje não sei o porque de te ter conhecido... foi tudo um erro, um engano... foi tudo um acumular de mal-entendidos... tu eras uma ilusão... eu era a iludida. tu eras tempo deitado fora, eu era a que desperdiçava tempo contigo...
hoje estamos assim: tu com a tua perfeição, eu com o meu orgulho ferido. tu com o teu ego elevado, eu com o coração partido...
já nada faz sentido, nem as sms trocadas, nem os telefonemas de uma hora, nem os beijos, nem as noites de sexo no teu carro... hoje tudo fica num passado distante, tudo é uma miragem num deserto de recordações...
sinto o cheiro da magos, refugio-me na multidão. procuro um sentido para a minha vida, não encontro a direcção...
hoje tudo perdeu o sentido... tu, eu, nos... tudo isso não passa de uma (des)ilusão.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

serei capaz de mudar??



Do meu pulso escorre sangue... sangue que liberta aos poucos a dor que sinto no peito e a tremenda angustia que me invade a alma... não sei ao certo porque e que faço isto mas sei a sensação de alivio que sinto quando acabo... sinceramente já não sinto a dor física como um mal mas sim como uma boia de salvamento da dor psicológica... doí-me saber que prejudico os meus amigos com os meus estúpidos problemas... cortar-me faz com que me torne mais forte pois se consigo esconder as cicatrizes também conseguirei esconder os meus sentimentos... mas decidi não me cortar mais, não me auto flagelar mais do que já consegui ate hoje... sei que sou capaz de ignorar a dor, assim como sou capaz de esconder um pulso cortado ou uma lamina ensanguentada....


hoje olhei para o sol e vi que não pode ser tudo tão escuro como eu pensava... eu posso seguir em frente, e mesmo que amanha esteja num beco qualquer a cortar-me eu vou lutar hoje, porque é hoje que sinto esta força de vontade em mudar.... nada pode ser tão drástico ao ponto de me auto destruir ou de fazer mal a mim mesma... nada pode ser mais forte que eu ao ponto de fazer de mim um monstro que atenta contra a própria integridade física.. hoje sinto necessidade de mudar, e hoje sinto vontade de sorrir... hoje vou lutar, hoje vou sorrir... vou mostrar ao mundo que posso, consigo e sou uma pessoa normal, que pode ter tido mas fases mas que continua a ser uma pessoa normal... hoje vou em frente porque hoje tenho força para isso... hoje eu já não vejo tudo tão negro... hoje eu sei que sou capaz de mudar...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mar de dor


Dos meus olhos estão neste momento a sair as lágrimas que durante algum tempo tentei segurar, mais uma vez olho para o espelho e não gosto de mim...

ODEIO_ME.... odeio tudo em mim.... sei que sou feia, que sou gorda e isso faz de mim um monstro... todos os dias desejo ser um pouco melhor e cada dia que passa sou um pouco pior...

A solidão é a minha maior aliada nesta morte psicológica, nesta tortura que todos os dias pratico em mim mesma... apetece-me fugir... desaparecer e deixar tudo para trás... nada aqui faz sentido, nada me fascina, tudo me ajuda a auto- flagelar-me... tudo me faz perder o sorriso, tudo me faz perder a alegria, tudo me faz cair num buraco de solidão e desespero... estou desiludida, não sei onde ir buscar força para prosseguir a vida desinteressante e desmotivadora que todos os dias me assalta... é horrível sentirmos que somos as pessoas mais feias do mundo, que os outros se afastam de nós porque simplesmente não gostam de nós, é horrível estar interessada em alguém e ser trocada por uma amiga só porque ela tem um bom corpo...

Doí tanto não ter ninguém com quem partilhar os bons momentos, ninguém com quem chorar os maus momentos... Só queria poder morrer por uns meses, e depois ressuscitar e olhar o mundo com novidade...

Apetecia-me andar a deriva. Olho o mar e peço para que ele me leve... para que me leve para um sitio onde as pessoas não digam o que não sentem, onde não haja a falsidade que nesta semana tanto me tem magoado... sinto-me revoltada, as vezes apenas queria ser um mero pássaro para poder voar livremente...

Odeio-me, e esse ódio que me domina faz de mim a má pessoa que sou, a pessoa horrenda que todos os dias se passeia na rua como se fosse um anjo... No fundo essa má pessoa é só parte de mim, a parte que todos os dias luta contra a parte boa e faz com que a pessoa meiga que já fui desapareça e domine invariavelmente o lado negro do meu ser...

Todos o dias me olho no espelho e digo: quem és tu? porque não e deixas em paz?

É como se diariamente a minha parte boa se suicidasse em detrimento da má, da que me faz fustigar a mente, a alma que aos poucos morre mais e mais numa imensidão de dor...

Como se todos os santos dias fizesse uma viagem interminável ao inferno, ao reino das trevas e das dores permanentes...

Ate quando? ate quando vou continuar a confiar nas pessoas e na vida para no dia seguinte me desiludir? ate quando vou ser a que ouve mas tem de esconder o que sente permanecendo na angustia e solidão?

Olho mais uma vez o mar, desta vez com o luar a reflectir nele e mais um vez peço para ele, o mar, me levar... para fazer com que me perca nas suas águas e esqueça este mar de martírio...
Mais um vez me pergunto, ate quando? quando vai ser o dia em que poderei escrever neste blog a minha felicidade extrema, sem fantasmas nem medos, sem dores nem magoas a fustigarem a minha alma....? Quando?

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Perdida


sinto-me uma ilha no meio deste oceano que é a vida... o que faço aqui? o que significo?

sinto-me tão insignificante, a solidão pesa tanto... talvez nunca vá existir aquela pessoa que me compreenda...

Não procuro o príncipe encantado a cada esquina mas a verdade é que a sua ausência me faz permanecer na solidão... acredito que algures no mundo exista alguém que seja o grande amor da minha vida mas onde esta?

começo a desistir desta luta que é a vida... não tenho forças para seguir em frente e ir para a luta...

dos meus olhos caiem lágrimas, o meu coração sangra ao olhar de longe a felicidade dos outros a contrastar com a minha tristeza...

estou farta de ser aquela que vai sozinha beber café com os casais, estou farta de ser aquela que existe só quando todos estão mal...

olho a minha volta e vejo-me sozinha... não sei quem sou, perdi o amor próprio e o respeito por mim mesma, perdi o gosto pela vida, não me reconheço...

tenho saudades de mim mesma, da rapariga alegre e feliz que já fui...

estou perdida e desiludida... nao sei que rumo tomar, não sei quem procurar, não sei coo lutar...

e como se numa fracção de segundos toda a minha vida não fizesse mais sentido, como se tudo fosse fumo e nada mais existisse...

sinto-me um pequeno ser... perdida no meio do mundo.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

do sonho ao pesadelo

Mais uma vez vejo-me perante duvidas, as minhas fieis inimigas...
Sei à partida que em duas semanas não sentimos amor por uma pessoa mas no entanto não sabia que em duas semanas alguém podia deixar feridas tão profundas...
As marcas teimam em permanecer na memoria, assaltam-me durante a noite e ,sem eu querer, estou de novo com o pensar no passado a recordar momentos efémeros e carregados de um significado que não sei qual é.... Ainda hoje me debato com o meu consciente e com o meu sub-consciente para tentar saber o que sinto por ti... Por vezes sonho contigo, penso em ti e por mais incrível que pareça tenho saudades tuas...
A ferida que deixas-te é tão dolorosa de ultrapassar, isto se for possível de ultrapassar...talvez tenha me envolvido demais, talvez tenha dado demais de mim... a verdade é que ainda hoje os meus lábios procuram os teus... a minha boca chama a tua, o meu corpo gela longe do teu...
Porque achas que te falo tão bruscamente? porque achas que tenho metido conversa, por mais estúpida que seja, nestes últimos dias? Sei que não posso lutar nem para a frente caminhar, nós, se algum dia houve um nós, ficamos bem la atrás, no dia em que o sonho acabou e virou pesadelo...
Sim, a nossa relação era um sonho, um sonho que virou pesadelo, daqueles teimosos que atormentam durante muito tempo... os beijos hoje, em sonhos, amargam, as tuas mãos em vez de acariciarem ficam ásperas e fustigam o meu corpo... o teu corpo não acolhe mais o meu como antes...
É como se de um momento para o outro deixasse de ser rainha para ser mendiga, como se deixasse de voar para caminhar simplesmente...
Por mais que eu tente, nesses pesadelos, ja nem consigo chorar, ja nao consigo sentir... levas-te o meu coração quando foste embora, levas-te o meu sorriso, a minha maneira de ser, a minha capacidade de confiar, de amar, de me entregar...
Hoje sou uma pedra de gelo, mais um iceberg no infinito mar gelado, hoje sou fria e arrogante com aquilo a que chamam amor...
hoje não sei sonhar porque tenho medo de arriscar... hoje nao sei sonhar porque em tempos transformas-te um sonho em pesadelo...

escolhas de vida, perguntas eternamente sem resposta

E mais um dia passa, mais uma semana, mais um mês...

Perdida neste ciclo vicioso que e a vida penso varias vezes no rumo que devo seguir e que escolhas devo fazer... Encontro pessoas que não conheço e que por algum motivo passo a conhecer, pessoas que mal conheço parece que já conheço há milhões de dias iguais a todos o que vivemos...

Não sei ao certo o significado da vida, não sei ao certo o que nos faz estar aqui... por vezes penso que haja um poder maior que nós, aquilo a que muitas pessoas chamam "Deus", mas outra vezes penso que somente existe um universo que nos guia e faz seguir determinados caminhos.

Acredito que tudo o que se passa na nossa vida é fruto das nossas escolhas e não acaso de um destino que muitos acreditam existir mas ninguém sabe definir... Mas como sabemos se fizemos a escolha correcta? posso escolher passar a tarde em frente do computador e perder um dia de praia cheio de aventuras, ou então, ao passar aqui a tarde posso evitar qualquer desgraça que eventualmente possa estar para acontecer... mas como é que eu posso saber o que pode acontecer? Por vezes um bater de asas de uma borboleta pode causar uma catástrofe em qualquer parte do mundo... E como sabemos pelo que foi causado? como temos conhecimento da razoes de tudo o que nos acontece quando o mundo e tão vasto na sua pequenez e tão ambíguo? Como e que sabemos as respostas as nossas perguntas e duvidas?

como sabemos quem realmente somos ou se a nossa vida é uma ilusão ou uma realidade nua e crua?

Tantas são as perguntas que fazemos e faremos sempre ao longo da vida, perguntas para as quais morreremos sem respostas, são tantos os dias passados a divagar, as horas passadas a lamentar algo, as noites a chorar por perder alguém, os minutos a rir de uma piada... e tudo isto sem uma razão lógica de ser... E tudo isto porque a vida e toda ela um grande conjunto de duvidas, de coincidências, erros e frustrações, alegrias e tristezas, vitorias e derrotas... isto porque a vida e um grande ciclo vicioso que jamais em tempo algum conseguiremos quebrar ...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Adolescencia: Oh meu Deus!!!

passou-se mais um dia... senti-me melancólica e distante de mim mesma...
a vida não tem sido muito fácil mas se perguntar-mos o mesmo a um adolescente ele diz sempre que não...
sim, a adolescência e uma fase difícil e a minha tem sido dolorosa... anseio pelo dia em que não serei mais adolescente pois não sei como lidar com esta fase vital...
durante alguns anos tive de lidar com muitas alterações, quer físicas quer emocionais, e nem todas elas foram fáceis...
hoje lido com aquilo a que chamo sofrimento mas que certamente chamarei parvoíce daqui a uns anos... lido com a solidão, com o desespero, com a dor, com a angustia, com a duvida do que sou e do que serei no futuro, com as paixões falhadas e com o abandono dos amigos... Como qualquer adolescente sou estranha e pessimista, mas só as vezes.
Por vezes sinto-me eufórica, sou capaz de dançar uma noite inteira, de fazer varias directas seguidas, de me achar bonita, de sair para a rua a cantar... por outras sinto-me tão deprimida que nem me apetece levantar-me da cama... curiosamente nessa altura escrevo bastante pois o papel é de longe o melhor confidente assim como o mar... dai a ter criado este blog, para que todos possam ler o que escrevo, para poder partilhar o que sinto e para acalmar o meu interior juvenil que teima em demonstrar que é mais forte que eu, que teima em tentar sobreviver à idade e me atormenta vezes e vezes sem conta nas mais variadas situações...
todos os adolescentes sabem do que estou a falar, todos os adultos certamente recordam-s da depressão que se abateu sobre nos ao perderem o vosso primeiro amor...
e verdade, como adolescente passei por muita coisa, contudo sei que na vida passarei por mais coisas ainda e algumas não serão assim tão boas...
neste momento o meu lado emocional esta a flor da pele por isso é natural que os meus textos sejam um pouco incoerentes e confusos, neste momento sou a adolescente que se prepara para a idade adulta, que sabe que a vida não é aquilo que nos queremos, que as vezes é injusta, por outras chega mesmo a ser cruel, contudo, dentro de mim ainda o sonho de encontrar o "príncipe encantado", ainda o lado infantil que acredita que é possível encontrar a pessoa com quem viveremos a nossa vida toda...
mas afinal o que é a vida em si???
por questões complexas como esta e que eu não gosto de ser adolescente... mas por hoje chega... repentinamente algo me passou pela mente e perdi toda a inspiração... talvez ela no estivesse realmente aqui por isso foi tão fácil perde-la... mas na vida, essa questão para sempre incompreendida, tudo o que temos e como a inspiração, efémero e não realmente nosso, pois nada é definitivo, nem mesmo a própria vida...

domingo, 20 de abril de 2008

apresentação

ola blogger's...
o meu nome nao vou dizer, nao por falta de confiança mas por uma questao de privacidade... a minha alcunha é Froggy por ter uma paixão enorme por sapos...
tenho 18 anos, faço 19 em agosto, no dia 5... durante a semana estudo, estou a tirar um curso profissional de tecnico de apoio à infancia mas o que quero mesmo seguir é psicologia criminal... desde cedo que tudo o que envolve comportamentos, sentimentos e motivos que levam algum a agir, os pensamentos e os sentimentos de culpa me fascinam... ao fim de semana tomo conta de crianças para ajudar apagar o curso...
este blog será um sitio onde vou descarregar, literalmente, as minhas frustrações, os meus medos, as minhas ansiedades, as minhas crises, os meus sentimentos e isolamentos proprios da idade e da adolescencia...
podera haver fases em que o blog nao sera actualizado, sera as ditas alturas em que ando feliz e sem inspiraçao... e verdade, a inspiraçao para a escrita so me assalta quando estou triste... bem esta sera a apresentaçao mais basica, pois prefiro qu me conheçam ao longo do tempo pelos textos que eu escreverei e publicarei...
por hoje é tudo... em breve darei noticias...